A água engarrafada é considerada hoje um dos grandes ícones de desperdício e de contaminação. No Brasil, a discussão ainda é embrionária, mas em países da Europa e nos Estados Unidos a água engarrafada e seus efeitos nocivos, está na mira de críticos e de ambientalistas há pelo menos cinco anos.

No desejo de consumir uma água de boa qualidade, a maioria das pessoas acredita que a água engarrafada é a melhor escolha, mas infelizmente isso não é verdade.

Descobertas feitas em pesquisas recentes afirmam que o plástico utilizado para produzir as garrafas e galões utilizados para fornecer o produto, ao receberem calor, liberam substâncias como o bisfenol-A ou ABP, um produto químico contido no material das mamadeiras e garrafas plásticas que imita um hormônio humano e que tem induzido, a longo prazo, mudanças em animais expostos a ele através de testes e o xenoestrogênio, também chamado de disruptor endócrino, substância química que está presente nos alimentos, no ar, na água, nos ecossistemas e nos organismos vivos.

Ela é estranha ao organismo, imita o estrogênio (hormônio feminino), entrando nas células e reproduzindo um efeito diferente, que produz distúrbios e malefícios extremamente prejudiciais a saúde que podem causar câncer, distúrbios endócrinos, como obesidade e tireóide, entre outras doenças.

AÇÕES INTERNACIONAIS

A preocupação sobre o uso do bisfenol-A tem crescido internacionalmente. O Canadá se tornou o primeiro país a declarar a substância como ilegal. Pouco depois, em setembro de 2010, apesar da oposição da indústria, França e Dinamarca também baniram o bisfenol-A. O governo dinamarquês chegou a proibir o uso do produto em qualquer alimento para crianças de até três anos de idade.

A União Europeia anunciou no dia 25 de novembro de 2010, a proibição do elemento químico bisfenol-A em mamadeiras plásticas. A fabricação de mamadeiras com o bisfenol-A fica proibida a partir de março de 2011 e sua importação ou comercialização, a partir de junho.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite o uso da substância desde que dentro do limite de 0,6mg para cada quilo de embalagem. A agência afirma que “acompanha a discussão e estudos internacionais sobre o tema”, mas não tem previsão de reabrir o debate sobre o bisfenol.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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